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Rússia reajusta em mais de 40% o preço do gás que fornece à Ucrânia De US$ 268 por mil metros cúbicos, o preço subirá para US$ 385. Dívida da Ucrânia com estatal russa de gás é de US$ 1,7 bilhão.
A estatal russa de gás natural, Gazprom, anunciou nesta terça-feira (1º) um aumento de mais de 40% no preço de gás exportado para a
Ucrânia. De US$ 268 por mil metros cúbicos, o preço subirá para US$ 385. Os russo ainda cancelaram a redução concedida em dezembro ao governo do presidente deposto Viktor Yanukovich.
A decisão encerra um desconto que havia sido negociado com o país antes da crise política que derrubou o presidente ucraniano alinhado com o governo russo.
Além disso, a Gazprom anunciou que a dívida do governo ucraniano com a empresa chega US$ 1,7 bilhão.
No passado, a
Rússia chegou a fechar o gasoduto que leva o combustível à Ucrânia no meio do inverno com temperaturas negativas, como forma de pressionar o governo ucraniano
"Conforme o contrato vigente sobre o fornecimento de gás, seu preço para a Ucrânia será no segundo trimestre de US$ 385,5 por mil metros cúbicos, ao invés de US$ 268,5", informou o presidente do consórcio Gazprom, Alexei Miller.
Miller detalhou que "a redução de dezembro já não pode ser aplicada" devido ao "descumprimento, por parte da Ucrânia, do pagamento das dívidas em relação ao fornecimento de gás em 2013, e por falta do pagamento de 100% das provisões correntes".
Ao mesmo tempo, o consórcio informou que cumprirá o contrato existente desde 2009 sobre o trânsito de gás pela Ucrânia e pagará a partir de hoje 10% a mais para a ex-república soviética. "A partir do segundo trimestre, aumenta em 10% a tarifa do trânsito do gás pelo território ucraniano", afirmou o número 1 da Gazprom, que também garantiu que sua empresa 'pagará essa tarifa e cumprirá com todas as suas obrigações derivadas do contrato'.
No dia 17 de dezembro do ano passado, em meio aos grandes protestos populares em toda a Ucrânia contra o então presidente Viktor Yanukovich, Moscou assumiu o compromisso de socorrer à economia ucraniana com o investimento de US$ 15 bilhões e uma redução de mais de 30% no preço do gás que a Rússia exporta para o país.
Pouco depois da reviravolta de poder em Kiev, a Rússia suspendeu a ajuda econômica e deixou claro que não aplicaria mais a redução no preço do gás.
Crimeia se afasta mais da Ucrânia ao adotar fuso horário da Rússia

Habitantes da península anteciparam em duas horas seus relógios.
Autoridades optaram por adoção no dia seguinte ao referendo separatista.
A república da
Crimeia e o porto de Sebastopol, que passaram a fazer parte na semana passada da Federação Russa, adotaram neste domingo (30) o fuso horário de Moscou (mais 7h em relação ao horário de Brasília).
Os habitantes da península, banhada pelo Mar Negro e que pertencia à
Ucrânia desde 1954, anteciparam em duas horas seus relógios, medida que os afasta ainda mais de Kiev.
Para muitos crimeanos a mudança de horário, somada à recente introdução da moeda russa, o rublo, representam a plena integração na sociedade russa.
As autoridades locais decidiram adotar o horário moscovita no dia seguinte ao referendo separatista, aprovado por mais de 96% da população.
Na noite de sábado, em Simferopol, aconteceu uma cerimônia oficial em que o relógio da estação de trem da capital foi antecipado de 22h para meia-noite.
O ato foi presidido pelo primeiro-ministro crimeano, Sergei Axionov, e pelo presidente do parlamento, Vladimir Konstantinov, que se propuseram a acelerar a adoção dos usos e costumes russos.
"Cumprimento a todos pela volta para casa e a volta à hora correta", disse Axionov.
A partir de agora, os horários de trabalho das instituições públicas, museus, escolas, aviões e trens se adequarão aos da capital russa.
A Crimeia já tinha adotado o fuso horário moscovita em 1995, mas Kiev reformou a Constituição crimeana, eliminou a figura do presidente da república e devolveu a península à hora ucraniana.
Agora só falta os crimeanos receberem o passaporte russo, processo que se prolongará por até três meses segundo os serviços migratórios, para que se transformem em cidadãos russos de pleno direito.
Categoria: Noticias Internacionais